sábado, abril 19, 2008

Ecopista de V.N.de Famalicão

Percurso na Ecopista de V.N.de Famalicão
Fiães - V.N.de Famalicão
23 de Fevereiro 2008


Em 30 de Dezembro de 1873 foi constituída a “Companhia do Caminho de Ferro do Porto à Póvoa” que recebe o trespasse da concessão feita por decreto de 19 de Junho de 1873 a J. C. Temple Elliot e ao barão de Kesseler, de um caminho de ferro de via reduzida, entre o Porto e a Póvoa do Varzim.
A Companhia construiu e explorou a Linha do Porto à Póvoa (Senhora da Hora e Póvoa do Varzim), Linha de Famalicão (Póvoa do Varzim e Famalicão).
“Em Gondifelos, a paisagem movimenta-se. Estamos num dos limites do característico Minho, com os seus peculiares outeiros e valeiros arborizados, as suas típicas quintas, as suas recatadas bouças, poças, fios de água, fundegos e montinhos.
Cruza-se a estrada de Famalicão e, logo a seguir, transpõe o modesto curso de água, o rio Este.”


“Um pouco adiante, Cavalões, aldeia rural e airosa fronteira a outra não menos abastada e aprazível: a freg. De Minhotães, sobre o qual se ergue o monte luxuriante de Grimancelos, coroado de velhos penedos e frondosas bouças.”



“Após uma subida excepcionalmente prolongada e encurvada, alcança-se a paragem de Outiz. Daqui se contempla um amplo quadro. Para as bandas do Norte avista-se sucessão de montes arborizados, de talhe harmonioso.”


“Um desses cimos é o Monte de Viatodos, reconhecido núcleo de vida pré-histórica; outro, mais além, é o Monte Airó, sobranceiro ao Rio Cávado.”



“Prosseguindo, em acentuada rampa e consecutivos rodeios atinge-se o alto de Barradas, no prolongamento Norte da Terra Negra. Daí se avistam as terras fundas e verdejantes de Louro e Mouquim.”


“Alcançando o ponto mais elevado de todo o percurso, a via férrea descreve um largo rodeio em torno do monte de Brufe. Descendo em declive acentuado pelo pendor do Norte.”

“Cruza-se a estrada de Barcelos e entra-se quase de repente na ampla concha, rústica e populosa de Famalicão, cujo casario, se desdobra, em rápido desfile, tendo como fundo o azulado cerro do Monte Córdova e mais para cá os outeiros indecisos de Ruivães, de Landim e de Vermoim,tão
impregnados das efabulações do trabalhador nocturno e diurno de S.Miguel de Seide”


Texto: ‘Guia de Portugal – Entre Douro e Minho I - F.C.Gulbenkian
Fotos: Jorge Ribeiro

1 Comments:

At 19:31:00, Anonymous Anónimo said...

Nine e Outiz olham-se amigavelmente
e conversam de longe,seus olhares.
Diz Nine:atravessa o vale florente,
anda ver os meus vinhedos e pomares

Quando tarde céu limpido se ostente
responde Outiz:sobe estes lugares
e verás como é belo o Sol poente
incendiando ao longe Céu e Mares.

E ficam mirando suas casas
que se distinguem por brancas asas
a esvoaçar por sobre o arvoredo...

E quem as vê atentamente hesita...
hesita em decifrar este segrêdo:
Qual das duas seja a mais bonita.

 

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