quinta-feira, maio 10, 2007

Portela do Homem - Pitões das Júnias

MARCHA DE TRAVESSIA

PORTELA DO HOMEM – PITÕES DAS JÚNIAS


2 de Julho de 2005


O GPM, iniciou a sua actividade com uma marcha de travessia entre a Portela do Homem e Pitões das Júnias.
Partindo do posto fronteiriço da Portela do Homem, local onde se situam os miliários da milha XXXIV da Via XVIII do Itinerário de Antonino, a última milha romana em território português, era uma via militar entre Astorga e Braga (Bracara Augusta), fomos pela estrada asfaltada passando pelo Curral de S. Miguel, atravessamos a ponte em direcção ao caminho das minas dos Carris.



Depois de iniciada a subida, fomos desfrutando de uma paisagem deslumbrante, caracterizada pelo Rio Homem, cercado por grandes montanhas e um céu de côr azul muito intenso.




Sucessivamente, passamos por locais como a Fonte da Abelheirinha, ponto de água fresca para os caminheiros, Água da Pala, Ribeira do Cagarouço, “Varanda do Z”, donde se desfruta uma paisagem fabulosa sobre o Vale e, como fundo, a conhecida Serra Amarela.

Contornando pela ponte da Ribeira do Madorno e pelo Cabeço do Madorno, “esmagados “ pelas falésias que nos circundavam, continuamos a subida durante cerca de mais 1 km., até alcançarmos a considerada nascente do Rio Homem, junto à Ponte das Abrotegas.


Neste local, alto e silencioso, junto a uma pequena barragem das antigas minas, aproveitamos para descansar, comer e recuperar forças para continuar.




Reiniciamos o caminho até ao Salto do Lobo em direcção à lavaria das minas de volfrâmio dos Carris que rodeamos, descendo a mesma escada em pedra que os mineiros usavam, agora bastante danificada, até ao Corgo da Lama Longa onde pudemos ainda ver vestígios acumulados da lavagem do minério, ao longo de todo o vale.



A rota que seguimos atravessa a Ribeira das Negras e Ribeiro da Biduiça, subindo e descendo pelas vertentes dos vales, passando ao lado do maciço do Compadre, pelo Corgo das Lamas do Compadre e, aqui bebendo nas suas águas cristalinas, alguns pinheiros silvestres quebravam a aridez da paisagem envolvente.



Finalmente, o Corgo da Pala Nova donde se tem a primeira vista da Capelinha de S. João da Fraga e da aldeia de Pitões das Júnias.




Atravessado o Ribeiro da Teixeira, seguimos pela base do Cabeço de S. João da Fraga com a sua capelinha branca no cimo, ao encontro do caminho de acesso dos romeiros à capela.



Aproveita-se o seu percurso e pelo mesmo, fomos em direcção à aldeia, passando pelo frondoso Carvalhal do Teixo, pelo Ribeiro do Beredo e Porto da Lage, até alcançarmos, já ao final da tarde, a última e a mais difícil subida para a aldeia de Pitões das Júnias.




Percorremos cerca de 26 kms, extenuados mas compensados por termos concluído esta mítica travessia.

Texto e Fotos: Jorge Ribeiro

1 Comments:

At 10:00:00, Blogger Mariana Alentejana said...

Congratulo-os por terem conseguido fazer a famosa travessia do gerês. Na expectativa de vir a concretizar esse que também é um sonho meu, queria colocar-vos algumas questões:
1º Qual o vosso sistema de orientação GPS, carta militar e/ou vista com bússola
2º Quanto tempo levaram a fazer o percurso e se tiveram de pernoitar na serra
3º Se ao longo do percurso existem abrigos de pastores que possam servir de pernoita
4º Se têm conhecimento qual o melhor percurso, se aquele que fizeram ou pela fronteira (pela linha de cumeada), ao longo do qual vão aparecendo o marcos de fronteira
5º Se a melhor opção é partir da portela do homem ou de pitões tendo em conta as subidas e descidas do percurso
6º Quantas pessoas fizeram esse percurso.
Se tiverem alguma sugestão que achem relevante por favor transmitam-na
Obrigada e boas caminhadas!
Mariana

 

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